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Região Sul receberá mil imigrantes venezuelanos

Na tentativa de conter a tensão na fronteira com a Venezuela, o governo se comprometeu a transferir mil venezuelanos para cidades da região Sul, em agosto.

Na tentativa de conter a tensão na fronteira do Brasil com a Venezuela, o governo se comprometeu na terça-feira (21) a, até o fim do mês, transferir mil venezuelanos para cidades da região Sul.

O processo de “interiorização” é uma exigência do governo de Roraima, que viu o número de imigrantes aumentar e chegou a pedir o fechamento temporário da fronteira. O caso está nas mãos da ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), que não havia decidido sobre o pedido até o fechamento desta edição. A AGU (Advocacia Geral da União) se pronunciou contrária à decisão por ferir acordos internacionais.

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Os venezuelanos instalados em 10 abrigos em Boa Vista e Pacaraima serão levados para municípios ainda não divulgados em dois voos previstos para o fim de agosto e início de setembro. “A ideia é ter voos programados a cada fim de mês com número de venezuelanos maior do que o que entra para darmos vazão às pessoas”, explicou a subchefe substituta da Casa Civil, Viviane Ese.

Um grupo de 20 técnicos de 11 ministérios esteve ontem em Pacaraima (RR) para avaliar a situação dos abrigos e fazer um diagnóstico para tomar novas medidas.

Pelo menos 500 venezuelanos atravessam a fronteira todos os dias.

Segurança

Pacaraima foi palco no último sábado da expulsão violenta de 1,2 mil refugiados que tiveram pertences queimados, após uma confusão provocada por um assalto. Houve reforço na segurança, sobretudo na área de fronteira, e na instalação para registro dos venezuelanos.  Há 60 homens da Força Nacional em atuação nas ruas e mais 60 estão a caminho por terra trazendo 16 caminhonetes e um ônibus para serem usados nas operações.

O governo se comprometeu a construir mais vagas nos abrigos e uma nova estrutura próximo a Boa Vista.

Índios

Preocupados com novos episódios de violência, um grupo de 25 indígenas venezuelanos da etnia Warao deixou o Brasil em dois ônibus. Eles viviam no abrigo público de Paracaima.

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