A Prefeitura de São Paulo publicou nesta terça-feira edital para concessão do terminal de ônibus Princesa Isabel, ao lado da praça de mesmo nome, no centro, de olho não só na modernização do espaço, mas também na tentativa de revitalizar a vizinha e degradada área da Cracolândia.
O plano prevê transferir a gestão do terminal à iniciativa privada por 35 anos. Vencerá a concorrência a empresa ou consórcio que propuser o maior valor a ser paga para a prefeitura. O valor estimado do contrato é de R$ 132 milhões.
O governo gasta R$ 6,7 milhões por ano para manter o terminal e obtém receita de R$ 209 mil.
O novo “dono” terá de requalificar e conservar o terminal e, em contrapartida, poderá explorar a publicidade, quiosques comerciais e outros espaços que venha a construir no terreno.
Além disso, será responsável por fazer uma série de melhorias em calçadas, mobiliário urbano, sinalização e iluminação no entorno, que abrange a área da Cracolândia, em vias como a rua Helvétia e a alameda Glete.
A expectativa é que as propostas sejam conhecidas em 18 outubro e que o contrato saia no início de 2019. A partir daí, o concessionário terá dois anos para renovar o terminal e quatro anos para requalificar o entorno.
A mudança do Princesa Isabel está associada a um PIU (Projeto de Intervenção Urbana), já oficializado em decreto pela prefeitura e que prevê mudanças num raio de 600 metros do terminal para atrair investimentos privados e novos serviços públicos para a região.
A concessão está dentro do Plano de Desestatização da prefeitura, que prevê transferir à iniciativa privada, entre outros bens, os terminais, parques, mercados, o estádio Pacaembu e o complexo Anhembi.