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Saúde prevê nova alta de febre amarela no verão em SP

Reuters

Depois das longas filas por vacinas contra a febre amarela e da relativa “calmaria” após o verão, com redução no ritmo de infecções, a busca por imunização arrefeceu no estado e na capital, dando uma impressão de que o problema cessou. Mas as autoridades de saúde alertam: o vírus continua circulando e deve haver aumento de casos no verão caso a vacina não seja tomada.

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“A transmissão de febre amarela continua, a doença já é endêmica no estado”, disse o coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Marcos Boulos. “Com o verão, os casos devem voltar a subir, por isso é importante que as pessoas se vacinem.”

Na capital, 57,9% da população se vacinou. Atualmente, a dose aplicada é a integral – que protege para a vida toda – e não mais a fracionada.

A situação atual já era esperada, segundo Boulos. “O que previmos está acontecendo, a doença não vai embora mais, todo verão deve ter aumento importante de casos”, disse. Para ele, não adianta mais fechar parques, como foi feito no final do ano passado. “O vírus está em praticamente todas as regiões de mata do estado.”

Ao longo da conversa, o médico ressaltou cinco vezes a importância de quem não se vacinou ir se imunizar. Ela não é indicada a gestantes, bebês com menos de 9 meses, mulheres que deram à luz há menos de 45 dias ou amamentando, pessoas com doenças crônicas e pessoas com 60 anos ou mais – em todos esses casos, é importante consultar um médico antes de se imunizar.

A secretaria estadual informa que 250 macacos tiveram confirmação da doença neste ano – o animal é chamado de sentinela, pois sua infecção alerta sobre a presença do vírus. A maior parte dos casos foi na Grande São Paulo, com 52%.   

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