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Reforma de Bruno Covas elimina alterações feitas por João Doria

Renato S. Cerqueira/Futura Press

Depois de trocar secretários e outros integrantes do primeiro escalão (leia ao lado), o prefeito Bruno Covas (PSDB) avança em mais um “legado” do seu antecessor e desfaz mudanças administrativas promovidas pelo ex-prefeito João Doria, também tucano e que saiu em abril para concorrer ao governo do estado.

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Assim que assumiu, em 2017, Doria fundiu secretárias e rebaixou parte delas, como a Controladoria-Geral do Município, criada para combater a corrupção no governo, e que perdeu “independência” e passou a responder para a pasta de Justiça.

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No último dia 24, Covas sancionou reforma aprovada na Câmara que devolveu a autonomia à Controladoria, tornando-a secretaria novamente, e criou mais uma pasta, a de Turismo. Além disso, o pacote desfez outra mudança de Doria: agora, as 32 prefeituras regionais voltam a se chamar subprefeituras.

Covas também fez vetos no texto que passou pelos vereadores e que, em tese, poderiam enfraquecer a Controladoria, como a regra que determinava que as decisões do órgão deveriam ser referendadas pelo secretário da pasta que responde pelo caso investigado. As mudanças que foram rejeitadas haviam sido propostas pela própria base do governo.

No texto que acompanhou a sanção do projeto, Covas classificou a reforma como “ajustes”. O ex-prefeito Doria afirmou ao Metro Jornal que “endossa as medidas administrativas determinadas” pelo seu sucessor.

Antes, em junho, Covas já havia reduzido a força da secretaria de Desestatização e Parcerias, criada por Doria para tocar os projetos de privatização e concessão. A pasta agora tem apenas caráter consultivo e o poder administrativo sobre os contratos passou para a secretaria envolvida no projeto.

Tudo novo, de novo

Pontos da reforma administrativa aprovada na Câmara:

  1. Controladoria-Geral.
    Criada em 2013 para combater a corrupção no governo, a Controladoria foi ‘rebaixada’ por Doria em 2017, quando foi integrada à secretaria da Justiça. Agora, volta a ser uma pasta autônoma. Covas também vetou propostas que poderiam ‘enfraquecer’ a Controladoria.
  2. Subprefeituras.
    As 32 subprefeituras, que com Doria passaram a se chamar prefeituras regionais, voltam a adotar o nome anterior.

Substituições

  1. Serviços e Obras (hoje Infraestrutura Urbana e Obras)
    Saiu: Marcos Penido
    Entrou: Vitor Aly
  2. Mobilidade e Transportes
    Saiu: Sérgio Avelleda
    Entrou: João O. Neto
  3. Prefeituras Regionais (hoje Subprefeituras)
    Saiu: Claudio Carvalho
    Entrou: Marcos Penido
  4. Casa Civil
    Saiu: Bruno Covas
    Entrou: Eduardo Tuma
  5. Justiça
    Saiu: Anderson Pomini
    Entrou: Rubens Rizek Jr.
  6. Saúde
    Saiu: Wilson Pollara
    Entrou: Edson Aparecido
  7. Gestão
    Saiu: Paulo Uebel
    Entrou: Sérgio Avelleda
  8. Esportes e Lazer
    Saiu: Jorge Damião
    Entrou: João Farias
  9. Relações Internacionais
    Saiu: Julio Serson
    Entrou: Affonso Massot

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