O atirador que deixou 12 mortos no Borderline Bar & Grill, em Thousand Oaks, Califórnia, ontem de madrugada, foi identificado como Ian David Long, de 28 anos. Ele foi encontrado morto após o ataque armado. Sua motivação ainda é desconhecida. Long era um militar veterano condecorado e tinha pequenas passagens pela polícia.
Segundo a NBC News, o atirador tinha várias tatuagens pelo corpo e carregava apenas uma Glock 21 – arma de calibre .45 – ao abrir fogo durante uma festa country no bar onde estavam centenas de universitários. O policial Ron Helus, 54, morreu na troca de tiros. As autoridades afirmaram que Long se suicidou no local.
A CNN informou que ele serviu como fuzileiro naval de agosto de 2008 a março de 2013, esteve na Guerra do Afeganistão por sete meses e recebeu várias comendas e medalhas. O xerife do condado de Ventura, Geoff Dean, informou que uma equipe de intervenção em crises foi acionada, em abril, para atender a uma ocorrência na casa do atirador.
De acordo com o xerife, a polícia teve vários contatos com Long ao longo dos anos, “eventos menores, uma colisão de tráfego”. O atirador teria sido vítima de uma briga em um bar local em 2015. Em abril deste ano, diz Dean, policiais foram chamados à casa do atirador por perturbação.
A equipe de intervenção em crises foi acionada, e especialistas em saúde mental se encontraram com Long, conversaram com ele e o liberaram. “Não acharam que ele estava qualificado para ser levado sob o 5051”, informou o xerife à CNN.
Dean se referia à detenção de pessoas com distúrbios mentais para avaliação e tratamento, identificada na legislação da Califórnia sob o número 5051.
A lei prevê que a pessoa identificada como um perigo para si ou para outros seja submetida a uma “intervenção de crise” e receba atendimento especializado em uma instituição de saúde mental, mesmo que involuntariamente. “O deixaram lá mesmo”, disse o xerife.