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PF investiga esquema de tráfico internacional de drogas que movimentou R$ 1,4 bi

A Polícia Federal e a Receita deflagraram uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas para a Europa e a lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal e a Receita deflagraram, na manhã desta quinta-feira (29), uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas para a Europa e a lavagem de dinheiro.

A ação, batizada de Planum, investiga uma quadrilha responsável por um complexo esquema de envio de drogas para outros países.

Mandados de prisão e de busca e apreensão, além de ordens judiciais, são cumpridos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. As ordens são para sequestro e bloqueio de imóveis, fazendas, aeronaves, embarcações, veículos e contas bancárias, estimados em mais de 25 milhões de reais.

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Hoje, a PF localizou dólares dentro de uma máquina de lavar em São Paulo. No Mato Grosso do Sul, uma aeronave também foi apreendida.

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Operação Planum
A investigação começou em junho do ano passado, quando um inquérito policial foi instaurado para apurar o tráfico de cocaína da Bolívia para o Rio Grande do Sul. Com o desenrolar das investigações, a polícia descobriu uma rota por onde a droga passava, que tinha a Europa como destino final.

O esquema funcionava da seguinte forma: aviões saíam do Mato Grosso do Sul para serem carregados com cerca de meia tonelada de cocaína na Bolívia. De volta ao Brasil, a droga parava em fazendas do Rio Grande do Sul e depois seguia de transporte rodoviário para outros estados, onde era despachada para os países europeus a partir dos portos brasileiros.

A prisão de um narcotraficante em agosto de 2017 possibilitou o rastreamento do fluxo financeiro da quadrilha. A polícia descobriu que doleiros foram usados em São Paulo para financiar as transações do tráfico.

O grupo criminoso criou um banco informal de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, contrabando e câmbio ilegal.

Segundo a investigação, a instituição movimentou R$ 1,4 bilhões nos últimos três anos. Cerca de 90 empresas de fachada e 70 pessoas empregadas como “laranjas” foram rastreadas.

A PF chegou a encontrar, em 2006, 811 quilos de cocaína escondidos em blocos de granito no terminal portuário de Navegantes (SC). A droga tinha como destino a Espanha.

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