Instaladas para trazer segurança a quem utiliza a bicicleta por lazer ou meio de transporte, as ciclovias e ciclofaixas acabam tendo papel inverso quando não recebem a manutenção necessária. O problema é visto em 40% da rede cicloviária da capital, como aponta a Auditoria Cidadã, realizada pela Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo), divulgada nesta segunda-feira (10) e que lista, entre os principais pontos negativos, a largura da via e pintura e sinalização precárias.
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A análise foi feita nos 484,8 km de ciclovias e ciclofaixas da capital e verificou 19 critérios, que receberam notas de zero a dez. A metodologia baseou-se no Índice de Desenvolvimento da Estrutura Cicloviária, elaborado em Recife (PE) pela Associação Ameciclo para funcionar como um comparativo nacional, e que foi adequado para a realidade paulista.
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A diretora de participação pública da Ciclocidade, Aline Cavalcante, ressalta que há política pública pactuada, mas com a frequente troca de secretariado na atual gestão “é muito difícil se estabelecer, em um cenário que não tem o mínimo de estabilidade política”.
A administração municipal diz que aguarda a publicação do estudo para analisar o resultado e que já executou a manutenção de 42 km de infraestrutura cicloviária. Em janeiro de 2019 será iniciado trabalho em nove quilômetros das ciclovias do Bom Retiro, Pari, avenida Sumaré e viaduto do Chá.
Piores avaliações nas vias para bicicletas (média):
- Sinalização vertical de regulamentação. 4,5
- Velocidade veicular da via. 4,6
- Geometria dos cruzamentos. 4,7
- Largura da via. 4,8
- Pictograma (sinalização que identifica circulação das bicicletas). 5
- Manutenção da pintura da estrutura. 5,4