O senador Aécio Neves (PSDB), sua irmã, Andréa Neves, e outros políticos são alvos de uma ação da PF (Polícia Federal) e do Ministério Público Federal na manhã desta terça-feira (11). A operação Ross, desdobramento da Lava Jato, cumpre 24 mandados de busca e apreensão em imóveis e escritórios relacionados aos seguintes nomes:
- Aécio Neves (PSDB), senador e deputado federal eleito;
- Agripino Maia (DEM), senador;
- Andréa Neves, irmã de Aécio;
- Antonio Anastasia (PSDB-MG), senador;
- Benito da Gama (PTB), deputado federal;
- Cristiane Brasil (PTB), deputada federal;
- Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, deputado federal e presidente nacional do partido Solidariedade.
No Rio de Janeiro, agentes estão bo apartamento de luxo dos irmãos Neves na avenida Vieira Souto e em outro imóvel em Copacabana, ambos na zona sul do Rio de Janeiro. A operação foi autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) baseada em delações dos executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, do grupo J&F.
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De acordo com a PF, os alvos são acusados de receber vantagens indevidas por parte de três senadores da República e três deputados federais. Os valores investigados ultrapassam os R$ 100 milhões. Os acusados serão intimadas e interrogadas, e podem responder por crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Os pagamentos, feitos pelo grupo J&F, teriam sido feito pela emissão de notas frias. A PF acredita que parte do dinheiro foi usado na campanha presidencial de Aécio Neves em 2014. A defesa do senador afirmou que o político está a disposição para esclarecimentos e que as contribuições eleitorais feitas à campanha do PSDB em 2014 foram devidamente registradas na Justiça Eleitoral.