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Joaninhas são convocadas para combater infestações em Belo Horizonte

Inseto em seu berçário, no parque das Mangabeiras Amira Hissa/Prefeitura de Belo Horizonte

Muita gente não gosta de insetos, mas as joaninhas costumam ser uma exceção à regra. Com fama de serem propagadoras de sorte e bons presságios, esses animaizinhos simpáticos têm mais a oferecer do que apenas serem símbolos de boa sorte. A partir de março, a Prefeitura de Belo Horizonte (MG) começará uma distribuição de joaninhas como agentes no controle de pragas em hortas e arborizações.

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A ideia principal do projeto é distribuir potes com os insetos para que os donos de hortas possam inserir as joaninhas nas plantações para se alimentarem de organismos indesejáveis, controlando assim a população das pragas.

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Com esse propósito, a prefeitura iniciou a criação de joaninhas em laboratório no parque das Mangabeiras, desde outubro passado. “A nossa meta ao longo de quatro anos é a liberação de 20 mil joaninhas, adultas e larvas. A previsão anual é de cinco mil animais”, afirmou o coordenador da iniciativa e gerente de ações para sustentabilidade da secretaria de Meio Ambiente, Dany Silvio Amaral.

O especialista, que também é doutor em entomologia (estudo de insetos), explicou que a distribuição será gratuita, com foco inicial nas avenidas Bernardo Monteiro e Barbacena, onde tradicionais árvores do tipo fícus foram devastadas pela praga da mosca branca. No futuro, a ideia é expandir o processo para hortas urbanas e comunitárias.

Sucesso na França

O secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck, disse que o projeto é espelhado em um modelo de sucesso aplicado na França. “Estamos nos espelhando na experiência implantada em Paris, onde a iniciativa gerou excelente resultado. Lá, eles distribuíram as larvas de joaninha para acabar com os pulgões e outros insetos que danificam jardins públicos. Paris é uma cidade que não usa pesticida nos logradouros públicos há anos. É uma referência de políticas ambientais de sucesso”, destacou.

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