Quando chove forte na cidade, muita gente se pergunta se está assim também no sistema Cantareira, que abastece 7,6 milhões de pessoas na Grande São Paulo. A resposta nos últimos dias é positiva: o Cantareira saiu do nível de alerta em que estava desde julho, ultrapassando 40% de sua capacidade de armazenamento.
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Os 40,9% registrados ontem pela Sabesp são o pior número para o dia 7 de janeiro nos últimos três anos. Mas estão bem próximos dos 41,8% do ano passado, como destacou o superintendente de produção de água da região metropolitana na Sabesp, Marco Antonio Lopez Barros, 50 anos.
“É um nível administrável. Para nós, seria melhor se estivesse maior nesse momento, mas o sistema está sofrendo os efeitos de um período seco entre abril e agosto do ano passado.”
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Barros afirma que o nível é administrável, sem haver risco de uma nova crise hídrica neste ano, por uma série de motivos. O primeiro, que o consumo de água caiu cerca de 15% depois da crise. Além disso, destacou que um novo sistema de abastecimento entrou em operação ano passado, o São Lourenço, que atua em área semelhante ao Cantareira, diminuindo a pressão no sistema. Por fim, a interligação da represa Jaguari, no Vale do Paraíba, com o Cantareira, que permite a transferência de 5 mil litros de água por segundo.
Essas obras também foram citadas pelo presidente da Abes-SP (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), Márcio Gonçalves de Oliveira, ao comentar a atual situação hídrica da Grande São Paulo. Por causa delas, disse Oliveira, “não vislumbramos risco [de crise hídrica] em 2019”.
Mesmo sem o risco, Barros, da Sabesp, afirma que a população deve continuar com o uso racional de água, sem desperdícios.