O que estava ruim ficou ainda pior neste fim de semana com um agravamento da crise hídrica em Santo André. A cidade sofre desde a metade do mês passado com falta d’água e no domingo (3) moradores relatavam que estavam há quase quatro dias com as torneiras secas.
As reclamações sobre desabastecimento se intensificaram a partir da sexta-feira. Há relatos de problema no serviço em pontos distintos da cidade, como os bairros Condomínio Maracanã, Jardim Santo André, Camilópolis, Jardim das Maravilhas, Vila Matarazzo, entre outros. No perfil do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) no Facebook, havia dezenas de reclamações.
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Na Vila Suíça, moradores faziam fila na tarde de domingo em uma bica para tentar levar água para casa em galões. A dona de casa Isabel Pereira dos Santos, 60 anos, encheu dez recipientes. “Só não vou levar mais porque não tem onde armazenar”, relatou.
O prefeito Paulinho Serra (PSDB) alegou na tarde de ontem que o agravamento da crise hídrica na cidade ocorreu por conta de um problema elétrico nas bombas da Estação Elevatória Sapopemba (zona leste da capital), que é administrada pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). A companhia estadual vende ao Semasa 95% da água distribuída na cidade.
“Estive em reuniões pessoalmente e a Sabesp acaba de me informar que as bombas já foram consertadas e a vazão (de água enviada para a cidade) voltou ao normal. Segundo a Sabesp, nas próxima horas Santo André voltará a receber o volume de água para a gente poder abastecer a cidade de maneira integral”, disse o chefe do Executivo por volta das 13h.
A companhia estadual confirmou a versão do prefeito, mas disse, em nota, que o problema na estação elevatória ocorreu anteontem, às 15h – as reclamações de falta de água já eram intensas na sexta-feira. A Sabesp informou que a previsão era restabelecer o fornecimento para a cidade durante a madrugada que passou.