O ex-diretor da estatal paulista de rodovias Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi condenado a 145 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por ter comandado um esquema de desvio de mais de 7 milhões de reais que deveriam ter sido destinados a moradores impactados pelas obras do Rodoanel, informou o Ministério Público Federal na noite de quarta-feira.
De acordo com o MPF, a juíza Maria Isabel do Prado, titular da 5ª Vara, condenou o ex-diretor da Dersa pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação e formação de quadrilha. Além da pena de prisão, Paulo Preto foi condenado a pagamento de multa de 13,4 milhões de reais, em valor sem correção.
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Essa é a segunda sentença da Justiça Federal em ações penais da Lava Jato em São Paulo. No fim de fevereiro, Paulo Preto foi condenado a 27 anos por formação de cartel nas obras do Rodoanel, que interliga as principais rodovias da região metropolitana da capital paulista.
Paulo Preto, que já havia sido preso no ano passado e foi preso novamente no mês passado na 60ª fase da operação da Lava Jato, é apontado como operador financeiro do PSDB.
O ex-diretor da Dersa tem negado as acusações.