Para tentar voltar à normalidade após o massacre da última quarta-feira, a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, abre as portas hoje – para os estudantes que quiserem ir – com atividades de apoio como oficinas, terapias em grupo e rodas de conversa. De acordo com o governo do estado, a estrutura interna da escola foi pintada e revitalizada com o objetivo de mudar o ambiente escolar, com o apoio da comunidade.
Ontem, cerca de 30 professores e 10 funcionários de diversas áreas foram voluntariamente à unidade para participar de atividades de acolhimento e foram recebidos com flores e apoio psicológico de uma equipe multidisciplinar. Também ontem, alguns estudantes passaram na escola para buscar os pertences pessoais deixados no momento da tragédia.
A definição sobre a data da retomada das aulas será tomada pela direção da escola ainda nesta semana.
O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PR), afirma que a reabertura da unidade é importante para que todos possam viver o luto e receber suporte psicossocial. “A educação é a base das pessoas e o pilar das famílias. A união da prefeitura com os governos estadual e federal tem um único objetivo: confortar e oferecer apoio à comunidade”, disse.
A Raul Brasil foi palco de um ataque a tiros promovido por dois ex-estudantes que mataram cinco alunos e duas funcionárias. Após os crimes, um dos assassinos matou o outro e, em seguida, cometeu suicídio. Minutos antes, a dupla havia assassinado um empresário em uma loja na mesma região.
Quatro dos 11 feridos seguem recebendo atendimento médico em hospitais. Os jovens (dois meninos e duas meninas) têm entre 15 anos e 16 anos, nenhum corre risco de morrer.