Entre as medidas de seguranças que serão propostas após o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, que terminou com 10 mortos em Suzano na semana passada, a gestão João Doria (PSDB) quer que o coordenador de cada unidade escolar no Estado tenha o telefone direto da polícia local. O objetivo seria priorizar as demandas e agilizar o atendimento em colégios de São Paulo.
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Outras mudanças serão discutidas em uma reunião na manhã desta sexta-feira, 22, entre as delegacias de ensino e os comandantes policiais de cada área. O pacote de segurança do governo do Estado prevê, ainda, aumento de rondas escolares.
«É um trabalho conjunto para cada um conhecer a peculiaridades locais e tomar atitudes de proteção no entorno das escolas, no caso da Segurança Pública, e dentro das escolas, no caso da Secretaria de Educação», afirmou ao Estado o coronel Alvaro Batista Camilo, secretário Executivo da Polícia Militar.
Segundo afirma, o contato direto serviria para agilizar o atendimento. Na prática, as demandas vindas de escolas deixam de passar pela triagem comum da PM. «É como um hotline, um telefone direto», disse. «Vai ser um telefone direto na supervisão do Copom. Não cai na tabela de decisão, no call center. (O chamado) já é considerado um problema e cai direto para despacho de viatura.»
Todas as unidades estaduais, incluindo Fatecs e Etecs, terão esse canal com a PM, que deve começar a operar em no máximo 15 dias, segundo o coronel Camilo. Os representantes da escola serão orientados sobre a estratégia durante a reunião. «Essa interação muito forte entre as escolas e a polícia deve trazer uma percepção de segurança melhor e uma segurança real melhor», afirmou. «Tudo que está chegando de escolas já está tendo uma pronta resposta, seja da Polícia Militar ou da Polícia Civil.»