Realizado pelo TCM (Tribunal de Contas do Município) entre abril e dezembro de 2018, o Programa Visita às Escolas detectou diversos problemas nas instituições de ensino municipais da capital.
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Segundo o relatório, 68,9% dos gestores não são efetivos no cargo e 42,6% dos professores fazem jornada dupla ou tripla de trabalho.
A agressão verbal por parte dos alunos ou dos seus responsáveis foi o problema mais citado pelos docentes, empatado com as condições de conservação dos banheiros. Mais de 50% dos professores disse já ter sofrido algum tipo de agressão verbal. Quanto aos banheiros, alunos e docentes sentem a precarização. O tribunal constatou que um em cada cinco banheiros não estava em bom estado, sendo que 80,4% não apresentavam sabonete e toalhas de papel, enquanto que 69,6% não tinham papel higiênico.
Além disso, 59,1% das escolas possuíam carteiras de alunos e professores em más condições.
Apesar dos problemas, o estudo revelou que os espaços de informática e leitura estão em boas condições na maioria das unidades. Foram encontrados espaços diferenciados, como salas de música e jogos, laboratórios de matemática e parques infantis.
Outro lado
A Prefeitura de São Paulo afirmou que o relatório do TCM representa 1,3% das 3,5 mil escolas municipais (que recebem 1 milhão de alunos), mas que responderá aos apontamentos no prazo estabelecido. O governo afirmou que 73% dos gestores são efetivos e que as unidades de ensino receberam recurso extra de R$ 41,4 milhões para manutenção das instalações.