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Dengue tipo 2 já representa 66% dos casos na cidade de São Paulo

Divulgação

A dengue tipo 2 entrou na cidade de São Paulo e representa 66% dos casos da doença cujo sorotipo do vírus foi identificado na capital.

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Até o dia 23 de abril, foram registradas 3.872 ocorrências confirmadas de dengue na cidade. No ano passado todo, haviam sido 563. Ninguém morreu devido à doença neste ano, segundo a SMS (Secretaria Municipal da Saúde).

O problema desse alto registro de casos do tipo 2 é o perigo maior de haver manifestações mais graves de dengue. De acordo com a  coordenadora do núcleo de doenças transmitidas por vetores da secretaria, Vivian Ailt, na epidemia de 2015, 90% dos casos eram do tipo 1. “A pessoa que contrai dengue fica com imunidade permanente ao sorotipo que foi  infectada.”

Mas esse paciente pode pegar a doença de outro sorotipo e, nesse caso, ela costuma ser mais grave, podendo até matar.

Por isso, continua sendo importante que a população faça a revisão e limpeza semanais de pontos em casa onde o Aedes aegypti, pernilongo que transmite o vírus, pode depositar seus ovos – que em uma semana viram larvas.

A secretaria tem realizado desde o ano passado ações de combate aos focos de Aedes, com 11 mil agentes de saúde e visitando mais de 950 mil domicílios para orientar sobre as medidas para evitar a proliferação do mosquito.

“Por incrível que pareça, o principal foco de larvas continua sendo o pratinho sob as plantas, a coisa mais divulgada que existe em relação a dengue”, afirmou Vivian.

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Incidência baixa

Apesar do crescimento das confirmações da doença na cidade em 2019, a incidência ainda é baixa: são 32,8 casos por 100 mil habitantes, ante 179,6 por 100 mil habitantes no estado e 216 no país.

As ações que o município tomou desde o final do ano passado contribuíram para essa taxa mais baixa, mas  Vivian destaca que o combate aos focos de Aedes é uma parte dos fatores que interferem na transmissão de doença, também influenciados pela grande circulação de pessoas. “Há transmissão importante da doença no noroeste do estado e no país”, disse.

A coordenadora ressalta a importância de o paciente com suspeita de dengue, especialmente com sinais do que chama de alerta, procurar atendimento médico imediatamente. “Vômitos importantes, dor abdominal, algum sangramento, aparecimento pintinhas vermelhas, quando se levanta tem sensação  de pressão baixa, dificuldade respiratória”, afirmou, ao enumerar os sintomas.

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