Mais um caso de agressão na casa noturna Villa Mix, na Zona Sul de São Paulo, foi denunciado na segunda-feira (6) pela publicitária de 29 anos Taynara Diniz. Em seu Instagram, ela publicou fotos das marcas da violência em múltiplos locais do corpo, e narrou o ocorrido.
Taynara conta que, após um desentendimento do lado de dentro da boate, ela foi retirada da pista de dança por cinco seguranças da casa. Após uma discussão sobre o que havia ocorrido, a jovem foi levada para uma «sala dos fundos» – que, afirma, já é conhecida pelos frequentadores do local. Lá, ela teria sido espancada por cerca de cinco minutos pelas mesmas seguranças, que a impediam de sair.
«Levei socos na cabeça, nos olhos, costas, chutes nas pernas, tive o meu vestido rasgado, além da humilhação que passei», relata. Ela também afirma que as agressões só foram encerradas quando ela fingiu um desmaio.
Taynara diz ainda que testemunhas puderam ouvir a agressão do lado de fora da sala, e chegaram a bater nas portas para interromper a cena – porém, de início, foram ignorados.
«Após muita insistência e após dizerem que a polícia estava a caminho, abriram o portão e me jogaram para fora como um animal», escreve.
Não é a primeira vez que casos similares são relatados na casa noturna da Vila Olímpia. Em setembro de 2017, duas jovens acusaram seguranças de agressão e tortura, que teriam ocorrido também em um galpão nos fundos da boate.
De acordo com Brenda Silva e Carol Cabalero, as duas foram presas por 15 minutos enquanto levavam socos, tapas e chutes, até serem jogadas para fora. Quatro viaturas de polícia atenderam a ocorrência, e Taynara registrou o caso no 27º DP, no bairro Ibirapuera.
O boletim de ocorrência será agora transferido para o 96º DP, na Berrini, e a publicitária conta que pretende processar a casa.
O Villa Mix, à imprensa, afirma que irá divulgar uma nota com seu posicionamento sobre o caso nas próximas horas.