O acordo delação premiada entre o sócio da companhia aérea Gol Henrique Constantino e o MPF (Ministério Público Federal) foi homologado nesta segunda-feira (13) pela 10ª Vara Federal em Brasília. A informação foi revelada pelo jornal O Globo.
O empresário cita grandes nomes da política brasileira, como o presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ex-presidente Michel Temer (MDB-SP), o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA).
Entre outros nomes estão o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), o ex-ministro Bruno Araújo (PSDB-PE), e os ex-deputados Marco Maia (PT-RS), Vicente Cândido (PT-SP), Edinho Silva (PT-SP) e Otávio Leite (PSDB-RJ).
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São ao menos dez anexos, com diferentes acusações, incluindo propina a políticos do MDB para recursos do FGTS geridos pela Caixa Econômica Federal e pagamentos a parlamentares pela Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas). Detalhes da delação estão sob sigilo.
A delação premiada ocorreu após Constantino ser denunciado por suspeita de pagamento de R$ 7 milhões de propina em troca de financiamentos de R$ 350 milhões para duas empresas. Com a homologação do acordo, ele terá que ressarcir R$ 70,7 milhões a Caixa e ao Fundo de Investimentos do FGTS.
Ao jornal Folha de S.Paulo, Rodrigo Maia negou envolvimento criminoso com Constantino, e disse que vai colaborar com as investigações. A Abear afirmou, em nota, desconhecer o teor da delação e se disse à disposição para esclarecimentos.