Estudantes, professores e funcionários de universidades e escolas de todo o país prometem realizar nesta quarta-feira (15) protestos nas ruas e dentro das instituições contra o contingenciamento de R$ 7,4 bilhões do Orçamento do MEC (Ministério da Educação).
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A mobilização, convocada pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e chamada de Dia Nacional em Defesa da Educação, foi engrossada pelas centrais sindicais, que já haviam marcado para hoje manifestações contra a reforma da Previdência.
Além de universidades e institutos federais – mais diretamente afetadas pelo corte médio de 30% das verbas –, as universidades estaduais e privadas aderiram ao movimento, que protesta também contra o cancelamento de bolsas de educação e pesquisa.
“Nós não podemos ficar reféns de um governo que quer destruir as universidades”, afirmou a presidente da UNE, Marianna Dias. Segundo a entidade, entre as universidades federais que já anunciaram que terão de paralisar serviços em razão dos cortes estão a UFPR (Paraná), UFPE (Pernambuco) e a UFG (Goiás).
Pelas contas da CUT (Central Única dos Trabalhadores), ao menos 70 instituições federais devem ter paralisações hoje em todos os estados no Distrito Federal.
A entidade sindical tem dito que o movimento de hoje será preparatório para greve geral que está sendo convocada para o próximo dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência.
Protestos
Apesar das paralisações que devem ocorrer hoje, a UNE, por ora, não prevê a decretação de greve. Além dos campi, a mobilização deve tomar as ruas. Em São Paulo, o ato unificado será realizado na avenida Paulista, às 14h. No Rio de Janeiro (RJ), a concentração será na Candelária, às 15h.
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Colégios particulares aderem
Sindicato que representa os professores da rede privada em São Paulo, o Sinpro-SP informou ontem que ao menos 25 colégios particulares deverão alterar ou interromper as atividades hoje em razão da mobilização nacional, como os tradicionais Santa Cruz, Vera Cruz e Equipe. A entidade se diz contra a reforma da Previdência.
Já a Fenep, federação que reúne os donos de escolas e que afirmou defender a reforma, recomendou ontem que as instituições não interrompam as atividades e descontem o salário dos funcionários que faltarem.
A Apeoesp, sindicato dos professores da rede estadual de ensino, afirmou que os profissionais decidiram em assembleia participar do movimento de hoje.
O transporte público vai funcionar normalmente hoje na capital.