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MPF-PR cita ‘invasão’ após divulgação de mensagens da força-tarefa da Lava Jato

O procurador Deltan Dallagnol Pedro de Oliveira/Assembleia Leg. do Paraná

A força-tarefa da Lava Jato no MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná) soltou nota no domingo (9) dizendo que seus integrantes foram vítimas de hacker que, ilegalmente, “invadiu telefones e aplicativos de procuradores”.

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O MPF diz que “não se sabe ainda a extensão da invasão, mas se sabe que foram obtidas cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho”.

A nota foi divulgada após reportagem do site “The Intercept Brasil”, que diz reproduzir trechos de conversas de procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba no Telegram, tendo obtido os arquivos com uma fonte que não identifica e antes que o celular do hoje ministro Sérgio Moro fosse hackeado, na semana passada.

Segundo o site, nas trocas de mensagem os procuradores mostrariam preocupação com a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conceder entrevista no ano passado antes do segundo turno das eleições presidenciais e, com isso, influenciar votos a favor de Fernando Haddad.

Em outra parte, a reportagem diz que os procuradores tinham dúvida sobre como embasar a denúncia à Justiça contra Lula no caso do tríplex do Guarujá, que o levou à prisão. Nas mensagens, diz o texto, eles mencionam reportagem que dizia que ele era o proprietário do apartamento, o que ajudou na argumentação.

O site diz ainda que Moro, quando julgava os processos da Lava Jato, sugeria procedimentos para a operação e opinava sobre decisões da força-tarefa.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin, disse no domingo, em nota, que já havia argumentado que procuradores e Moro atuaram de forma combinada “com clara motivação política, de processar, condenar e retirar a liberdade” de Lula e que a reportagem revela detalhes disso.

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