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Roma quer ‘exportar’ lixo para resolver crise na coleta

Pixabay

Envolvida mais uma vez em uma crise no serviço de coleta de lixo, Roma, capital e maior cidade da Itália, pode começar a enviar resíduos ao exterior para garantir a limpeza de suas ruas.

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Repetindo um problema que atravessa gestões de diferentes orientações políticas, a «cidade eterna» se viu nas últimas semanas novamente inundada por lixo devido à falta de usinas de tratamento de resíduos.

«Em médio prazo, estamos trabalhando para identificar soluções no exterior», disse nesta terça-feira (9) a prefeita de Roma, Virginia Raggi, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), após uma reunião com o ministro do Meio Ambiente da Itália, Sergio Costa, e com o governador do Lazio, Nicola Zingaretti.

O encontro foi convocado para esfriar as animosidades entre as três esferas, que passaram as últimas semanas se culpando pela crise do lixo na capital. «Com relação às estratégias de médio prazo, estamos negociando com países da União Europeia para poder enviar o excedente de resíduos, porque essa é uma solução necessária para se alcançar a construção de novas usinas», afirmou Costa.

Roma conta atualmente com apenas uma unidade municipal de tratamento de lixo comum, após um incêndio ter inutilizado um de seus principais aterros, com capacidade de tratar 700 toneladas de resíduos por dia, em dezembro passado.

Outras duas plantas privadas estão em manutenção, enquanto uma unidade no distrito litorâneo de Ostia opera com pouco mais de 10% da capacidade. Algumas empresas da região do Lazio se disponibilizaram a tratar uma quantidade limitada de resíduos, já que temem um calote da AMA, a empresa municipal de coleta e tratamento de lixo e que não aprova um balanço desde 2016.

«Desde o início de junho, a AMA trabalha com turnos extraordinários. É um momento de muito trabalho. A abertura de unidades de tratamento regionais é fundamental, assim como o trabalho que estamos fazendo para encontrar locais de destinação no exterior», disse Raggi na última segunda (8).

A AMA estima que os romanos produzam 2,7 mil toneladas de lixo por dia, das quais 300 permanecem nas ruas por causa de problemas na coleta.

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