O jornalismo brasileiro perdeu nesta quarta-feira (10) um de seus nomes mais populares. Paulo Henrique Amorim, dono de alguns dos bordões mais imitados e com um extenso currículo, sofreu um infarto e não resistiu.
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O profissional nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 22 de fevereiro de 1942, filho do também jornalista Deolindo Amorim – grande estudioso do espiritismo. Apesar de exercer a função de comunicador, Paulo Henrique se formou em Sociologia e Política.
Sua carreira começou no jornalismo impresso em 1961, no jornal carioca A Noite. Depois, foi contratado pela editora Abril como repórter e correspondente internacional, trabalhando em revistas como Realidade e Veja.
Na televisão, passou pela TV Manchete e a Globo, onde apresentou programas como o Fantástico. Ainda esteve na TV Cultura, com o talk-show Conversa Afiada – o nome foi usado mais tarde em seu blog com comentários sobre a política e economia brasileira.
Ao apresentar o Jornal da Band, em agosto de 1998, ele acusou o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva de adquirir um apartamento e carro de maneira ilegal. O político provou o contrário e ganhou na Justiça o direito de resposta.
O apresentador também chegou a ser condenado por injúria e difamação em diversos casos. Processaram (e venceram) pessoas como o jurista Gilmar Mendes, atual ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ali Kamel, diretor geral de jornalismo da Globo, e Lasier Martins, atual senador pelo Rio Grande do Sul.
Desde 2003, Amorim passou a trabalhar na Record TV, então Rede Record. Seu último trabalho na emissora foi a apresentação do Domingo Espetacular, programa que comandava desde 2006. No fim do mês passado, no entanto, ele foi afastado do programa.
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O caso repercutiu após bastidores da área afirmarem que o profissional deixou a revista eletrônica por fazer críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro. A emissora, em nota, negou motivos políticos.
Durante sua carreira, os bordões “Olá, tudo bem?” e «Boa noite e boa sorte» ficaram famosos e renderam muitas imitações – todas aprovadas pelo apresentador, que as consideravam uma “alegria”. Paulo Henrique Amorim deixa o jornalismo brasileiro aos 77 anos.