Calçadas em frente a imóveis particulares, cuja manutenção é de responsabilidade do proprietário do local, estão entre os passeios que serão reformados e recuperados no programa anunciado na quinta-feira (11) pela Prefeitura de São Paulo, que vai custar R$ 400 milhões e promete, até o final do próximo ano, obras em 25% das calçadas da cidade, totalizando 1,2 milhão de m².
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A consultora em mobilidade Meli Malatesta questiona: “Vão cuidar só do pavimento ou vão acertar todas as irregularidades promovidas por formas de invasão de lotes como rampas para acesso de garagens que geram degraus e outras interrupções transversais?”.
A prefeitura informou que os critérios estão no decreto 58.611, que define, entre outros pontos, que ela deve “ser livre de qualquer interferência ou barreira arquitetônica e desprovida de obstáculos” e com acessibilidade a pessoas com deficiência visual e cadeirantes.
Locais
Os locais a serem reformados, segundo a prefeitura, priorizam focos de maior circulação de pessoas, usando também como base a pesquisa Origem-Destino do Metrô, que identifica os trajetos dos moradores da região metropolitana. Há vias em todas as subprefeituras.
De acordo com a prefeitura, os contratos estão em fase de homologação para que as reformas sejam iniciadas até agosto.
A assistente social Marta Gonçalves da Paz Silva, 49 anos, aprovou a iniciativa, por considerar que “as calçadas estão um caos total. Não tem absolutamente nenhuma adaptação para a acessibilidade de deficientes e muito menos para os idosos”.
O aposentado Reinaldo Gomes da Silva, 67 anos, conta que já tropeçou várias vezes. “Tenho que andar com muito cuidado, olhando para o chão.” Pior foi o que aconteceu com a técnica em enfermagem Tuany Pereira, 48 anos: “Já tropecei descendo do ônibus, torci o pé”.