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Mensagens mostram que Deltan agiu com apoio de partido para afastar Gilmar Mendes da Lava Jato

Pedro de Oliveira/Assembleia Leg. do Paraná

Novas mensagens privadas atribuídas a integrantes da Lava Jato indicam que a força-tarefa atuou com o apoio de um partido político para afastar o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de processos relacionados à operação. O conteúdo foi divulgado nesta quarta-feira (7) pelo portal UOL em parceria com o site The Intercept Brasil.

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Segundo a reportagem, o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, trabalhou junto à Rede Sustentabilidade, por meio do senador Randolfe Rodrigues, para que o partido apresentasse uma ação contra o magistrado. Driblando limitações de seu cargo, foi então possível apresentar no Supremo uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) para impedir que Gilmar soltasse presos de processos em que não fosse juiz. O processo foi protocolado em outubro do ano passado pela Rede.

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A justificativa para a articulação do procurador, que se queixou e escreveu a outros integrantes em um grupo do Telegram, é a de que o ministro havia decidido pela soltura do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), afastando-o do núcleo da Lava Jato, e de outros 13 investigados pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná) na Operação Rádio Patrulha.

Na terça-feira (6), outras mensagens, publicadas pelo El País, revelaram que procuradores da Lava Jato tentaram reunir provas contra Gilmar Mendes. O objetivo seria sua suspeição ou impeachment.

A Constituição determina que só a Procuradoria-Geral da República pode investigar magistrados do Supremo.

A força-tarefa diz não reconhecer as mensagens e afirma que o material é oriundo de crime cibernético e tem sido usado editado ou fora de contexto.

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