Após prometer que suspenderia o uso de radares móveis em rodovias federais, a ordem do presidente Jair Bolsonaro foi publicada na edição desta quinta-feira (15) do “Diário Oficial da União”.
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Três modelos tiveram o uso suspenso por Bolsonaro: os estáticos (instalados em veículos parados ou suportes), os móveis (instalados em veículos em movimento) e portáteis (direcionados manualmente aos veículos).
O despacho teve como destino o Ministério da Justiça, responsável pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), e não deixa claro se a medida tem efeito imediato ou prazo para entrar em vigor. Sua validade, porém, é determinada por uma revisão das normas sobre fiscalização eletrônica de velocidade, de responsabilidade do Ministério da Infraestrututra.
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No texto, o presidente justifica a medida com o objetivo de “evitar o desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória” dos “pardais”, como foram apelidados os radares móveis.
Na segunda-feira (12), Bolsonaro se manifestou sobre os radares móveis, desta vez dando um prazo para acabar com sua utilização. “Estou em briga juntamente ao Tarcísio [de Freitas, ministro da Infraestrutura] na Justiça para acabarmos com os pardais no Brasil, essa máfia de multas, que vai para o bolso de alguns poucos nessa nação. É uma roubalheira”, afirmou em evento público.
O presidente disse ainda ter conversado com profissionais como caminhoneiros para embasar sua decisão. “O radar é decisão minha, Presidente da República. É só determinar a PRF que não use mais e ponto final. Se alguém me provar que esse trabalho é bom, eu posso voltar atrás (…) Chega de estudiosos e especialistas.”