O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, comparou nesta terça-feira, 20, a nuvem escura que encobriu regiões de São Paulo na segunda-feira, 19, e transformou o dia em noite, a notícias falsas e criticou o «sensacionalismo ambiental» sobre o tema. Segundo institutos de meteorologia, a nuvem foi formada pelo encontro da fumaça oriunda de queimadas da região Amazônica do Brasil, Paraguai e Bolívia com uma frente fria que atingiu o Sudeste brasileiro.
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«Alguns disseram que foi a fumaça da Amazônia que encobriu a cidade. Essa afirmação parece até um vídeo que vi, um mês atrás, de um helicóptero do Ibama sendo recebido a tiros e, meia hora depois, mostrou que foi um menino que fez montagem», disse o ministro. «Igualmente, (parece) o triste falecimento de uma liderança indígena, que alguns órgãos de imprensa se apressaram em dizer que foram garimpeiros que invadiram a reserva e saíram matando. Depois, descobriu que o índio tinha bebido uma cachacinha e caiu no rio, afogado», completou Salles, se referindo à morte do cacique Emyra Waiãpi, em meados de julho, no Amapá.
Em pronunciamento na abertura da 27ª Feira Internacional da Bioenergia (Fenasucro), em Sertãozinho (SP), o ministro afirmou que esse «sensacionalismo na área ambiental não contribui para as melhores práticas e para a defesa efetiva das questões importantes do nosso País».
Indagado após o evento se o ocorrido na segunda-feira seria uma notícia falsa, Salles afirmou que as equipes do governo para a Região Norte estão em operação e que o fenômeno decorre de um ambiente muito seco e de queimadas. «É preciso ter equilíbrio e não ser açodado em assumir certas hipóteses que não se confirmam Hipóteses foram levantadas prontamente para criar um certo sensacionalismo e não se confirmaram», comentou.