O aumento de ataques de morcegos contra humanos em São Paulo pode estar relacionado com invasões a áreas de proteção ambiental. Até agosto deste ano, foram registrados 164 casos – um aumento de 54% em relação às 106 ocorrências computadas em todo o ano de 2018.
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A maior parte aconteceu em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde. A região abriga uma trilha usada por religiosos em uma área de proteção ambiental, destinada à conservação da fauna e flora locais.
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O movimento de visitantes tem atraído os morcegos, segundo a bióloga da Divisão de Vigilância em Zoonoses, Adriana Ruchert da Rosa. Os morcegos que se alimentam de sangue vivem em áreas de matas, especialmente onde há criação de animais, e não vão para as cidades.
Já nos centros urbanos, as diferentes espécies comem insetos, frutas, folhas, néctar e pólen de flores. Todos são possíveis transmissores do vírus da raiva, que causa confusão mental, náuseas, espasmos e paralisia muscular. Não há confirmação da doença na cidade de São Paulo desde 1981.
A bióloga Adriana Ruchert da Rosa destaca a importância de vacinar animais domésticos contra a raiva. Qualquer pessoa que tiver tido contato com um morcego, precisa buscar atendimento médico o mais rápido possível. Equipes da Prefeitura de São Paulo podem ajudar a retirar os animais de residências; o pedido é feito pelo telefone 156.
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