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Polícia investiga motivação de jovem para esfaquear professor em escola na zona leste

Policiais estiveram nos hospitais onde aluno e professor estão e, segundo o delegado Hélio Bressan afirmou ao portal G1, conversaram com os envolvidos.

O aluno de 14 anos que esfaqueou um professor na quinta-feira (19) no CEU (Centro Educacional Unificado) Aricanduva, na zona leste, e depois tentou se matar, falou à agentes da Polícia Civil nesta sexta-feira (20).

Policiais estiveram nos hospitais em que os dois estão internados e, segundo o delegado Hélio Bressan afirmou ao portal G1, conversaram em depoimentos não formais com os envolvidos. O objetivo é buscar uma motivação para a ação e esclarecer como o ataque foi feito, além de conseguir senhas para acessar o celular e computador do garoto – a quebra de sigilo foi autorizada pela mãe.

O caso está sendo investigado como tentativa de homicídio, e houve uma solicitação de apreensão do menor. O garoto, que é estudante do 9º ano do ensino fundamental, estava na sala, tendo aula de história, quando se levantou e saiu do local sem pedir autorização. No corredor, ele esfaqueou o professor de geografia Luís Marcos Notario, 55 anos, voltou para a sala e pediu para que um de seus colegas o matasse. O menino então enfiou a faca na própria barriga.

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O estudante foi socorrido pelo helicóptero Águia da PM e levado ao Hospital das Clínicas (centro), onde passou por cirurgia e já está estável.

O professor foi encaminhado ao Hospital Estadual da Vila Alpina (zona leste), onde passou à tarde por uma cirurgia de quatro horas. Seu estado de saúde é mais grave. Duas alças do intestino foram rompidas e ele deve ficar internado por pelo menos uma semana.

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O caso ainda está sendo apurado, mas a suspeita é que o alvo do ataque não fosse diretamente o professor. O estudante estaria com problemas pessoais e sofrendo preconceito por parte da família. A suspeita é que, quando ele tentou se matar, o professor interveio e, então, levou o golpe.

Antes de cometer o ato, o menino mandou mensagem para sua mãe se despedindo e dizendo que seria a última vez que ele falaria com ela, indicando o possível desejo de se matar.

Os professores do CEU prestaram depoimento e afirmaram que o garoto era exemplar e um das melhores da sala, não apresentando nenhum tipo de comportamento inadequado.

As atividades do CEU foram suspensas na quinta e, nesta sexta, não houve aulas na Emef Doutor Paulo Gomes Cardim, que faz parte do complexo, onde ocorreu o crime. A polícia está analisando as câmeras de segurança da escola e familiares do aluno serão chamados para depor.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que lamenta o ocorrido e que equipes de saúde foram ao local para prestar atendimento psicológico aos estudantes e funcionários.

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