Depois de cinco assassinatos em apenas duas semanas na Grande São Paulo, motoristas de aplicativo estão com medo de exercer a própria função. Diante deste cenário, os próprios condutores se organizam, buscando estratégias para evitar ser mais um número nessa estatística de violência.
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Observar a avaliação do passageiro e se informar de antemão sobre o bairro onde há chamado podem ajudar a reduzir situações de risco, segundo motoristas ouvidos pela BandNews FM. Já as empresas alegam desenvolver mecanismos para minimizar a insegurança dos condutores e passageiros; só que aí o problema vai para o outro lado: o do cliente.
Dependendo de onde você mora, não vai conseguir chamar um carro de aplicativo. Ou, se você prefere pagar tudo à vista, em dinheiro, também fica mais difícil. A lógica do mercado fica comprometida por causa da falta de segurança.
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Em relação à reclamação dos motoristas de que os assaltos ocorrem com maior frequência quando a corrida é paga em dinheiro, a Uber afirma que, neste caso, exige dos usuários o número do CPF e a data de nascimento e que esses dados passam a ser checados na base do Serasa. Além disso, a empresa informa que adota no Brasil uma tecnologia para bloquear viagens consideradas mais arriscadas.
Já a 99 diz que, além de fazer a exigência de dados dos passageiros como o CPF, dá aos motoristas a opção de não aceitar o pagamento em dinheiro pela plataforma. A startup também informa que trabalha com inteligência artificial para evitar ocorrências e procura dar treinamentos com orientações sobre segurança para os condutores.
Procurada para saber se existe alguma estratégia de segurança para a categoria ou algum tipo de diálogo com as empresas de aplicativos, a Secretaria de Segurança Pública do Estado não respondeu à reportagem.