Vestígios de óleo são encontrados em peixes e mariscos coletados por pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia nas praias afetadas pelas manchas de petróleo. Foram avaliados 50 animais das praias de Itacimirim e Guarajuba, em Camaçari, e na Praia do Forte, em Mata de São João, ambas na região metropolitana de Salvador.
De acordo com o diretor do Instituto, Francisco Kelmo, o consumo desses animais é perigoso. A inalação do óleo também pode causar danos à saúde. Análises de peixes em laboratório também são feitas pela Bahia Pesca, órgão ligado à Secretaria estadual de Agricultura, que aponta que 16 mil pescadores são afetados pelo problema no estado.
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O Ibama revisou os números de áreas afetadas pelo óleo que atinge o Nordeste após verificar que havia localidades repetidas por diferença de grafia. O petróleo chegou a 229 localidades em 87 municípios da região. O presidente em exercício Davi Alcolumbre assinou na quinta-feira (24) um decreto autorizando a prorrogação por até dois meses da concessão extraordinária do seguro-defeso para os pescadores artesanais afetados.
Também na quinta, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse que aqueles que participarem das ações de limpezas de praia devem tentar remover o óleo do corpo com substâncias que podem piorar o problema. Mesmo sem nenhuma determinação oficial, os pescadores já evitam jogar as redes ao mar, como afirma o presidente da Colônia do Rio Vermelho, Marcos Antônio Chaves.
O ministro de Turismo Marcelo Álvaro Antônio vai nesta sexta (25) à Porto de Galinhas, um dos principais destinos turísticos de Pernambuco, visitar os pontos afetados pelas manchas de óleo. A visita acontece em meio à possibilidade de o Greenpeace entrar com uma ação na Justiça contra o ministro do Meio Ambiente Ricardo Sales, após ele insinuar que a ONG seria a responsável pelo vazamento de óleo no litoral do Nordeste.