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Ciclofaixa de lazer só volta no ano que vem em SP

Ciclofaixa da região da Vila Olímpia (foto de arquivo) Moacyr Lopes Júnior/Folhapress

Suspensas desde setembro, as ciclofaixas de lazer só devem voltar no ano que vem. E em data incerta – mas só devem ser montadas de novo após as férias de verão.

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A Prefeitura de São Paulo lançou ontem consulta pública, que vai até 20 de dezembro, para depois elaborar o edital de licitação a fim de contratar uma ou mais empresas para montarem as faixas nos domingos e feriados, das 7h às 16h. São nove lotes, cada um para um trecho – o maior, na zona leste, tem pouco mais de 19 km e o menor, entre os parques Ibirapuera e do Povo (zona sul), 7,9 km. No total, são 117 km de ciclofaixas.

A minuta do edital elenca 62 dias que, em 2020, elas deverão ser montadas, mas inclui todos os domingos de janeiro nessa estimativa. No entanto, a operação só começa depois de vencidos o processo de licitação e os prazos de recurso, o que deve excluir de cara o primeiro mês do ano.

O valor estimado para 12 meses de contrato é de R$ 22,2 milhões. As exigências incluem, entre outros itens, 15.942 cones, 924 cavaletes, 629 “bandeirinhas” – as pessoas que ficam em faixas de pedestres ao longo dos trechos com placa de pare –, com camisetas, bonés e guarda-sóis para todos eles, além da colocação e recolhimento de toda a estrutura ao longo dos 117 km.

Dez anos

As ciclofaixas operaram por dez anos na cidade, com patrocínio de uma seguradora. Inicialmente instalada no parque Ibirapuera (zona sul), ela teve novos trechos incorporados ao longo desse período. Os últimos, na avenida Brasil e na zona leste, foram abertos em 2017.

Em agosto, o patrocinador avisou a prefeitura que não prosseguiria com a ação. A administração, então, anunciou chamamento para que empresas montassem as vias de maneira emergencial e passou a buscar outro parceiro para bancar a operação. Uma empresa foi selecionada, a R$ 384 mil por dia de ativação, mas o processo foi encerrado “por falta de adequação às exigências da cidade”.

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Também por esse motivo, propostas recebidas de interessados em patrocinar a ação não foram adiante –aqui, pesou também a adequação à Lei Cidade Limpa.

O cicloativista Willian Cruz, do site Vá de Bike, avalia ser uma perda a falta das faixas. “Além de excelente opção de lazer, a ciclofaixa dominical tinha duas outras funções importantíssimas: permitir que quem se desloca apenas dirigindo nos dias úteis assumisse a posição de ciclista uma vez por semana, entendendo na prática os comportamentos de quem pedala e construindo empatia; e dar a segurança necessária para as primeiras pedaladas nas ruas de muita gente. Perde o cidadão, perde a cidade.  

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