Quem mora em São Paulo tem a impressão de que ela só cresce. Mais prédios, mais trânsito, mais e mais gente. É verdade, mas, segundo projeção da Fundação Seade, há um limite para essa expansão: depois de atingir seu ápice em 2040, com 12,4 milhões de pessoas, a população da cidade deve regredir, marcando 12,2 milhões em 2050.
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Mas por que isso vai acontecer? Segundo a gerente da área de demografia da fundação, Bernadette Waldvogel, houve uma queda na taxa de fecundidade das moradoras da capital até o atual 1,6 filho por mulher. “Há uma tendência de que o número de nascimentos diminua. Nossa projeção é que na década dos anos 2040 os óbitos superem os nascimentos. Como o saldo migratório está negativo, a população cai.”
Uma curiosidade: 1982 foi o ano que registrou mais nascimentos na cidade, com 256.303 crianças. Em 2018, último dado disponível, o total foi de 165.246.
Perfil
O estudo divulgado ontem pela Seade mostra uma cidade adulta, com média de 36,5 anos de idade, e mais feminina, com 110 mulheres a cada 100 homens.
As médias de idade são menores nos bairros mais periféricos do que nos mais centrais (veja quadro). Para a demógrafa da Seade, como o custo de moradia é menor nas áreas mais periféricas, os mais jovens, com menor condição socioeconômica, acabam indo morar nessas regiões.
MÉDIA DE IDADE DOS MORADORES DE SÃO PAULO
36,5 anos