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São Paulo tem maior número de casos de dengue em 4 anos

Foram 16.901 registros no ano passado, que contabilizou as primeiras três mortes pela doença desde 2016

O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue Divulgação/Fiocruz

Depois de três anos de queda no total de casos de dengue, a cidade de São Paulo registrou no ano passado 16.901 confirmações da doença, o maior desde os 100 mil notificados em 2015. A doença também voltou a matar no ano passado: foram três óbitos, os primeiros devido à dengue na cidade desde 2016.

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Desde o ano passado há um motivo a mais para se preocupar: o subtipo 2 entrou em circulação no município, uma variante mais forte por se reproduzir com maior velocidade. Na última epidemia da doença na capital, em 2015 e 2016, os pacientes tiveram dengue provocada pelos tipos 1 e 3 do vírus.

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Quando uma pessoa pega dengue, ela fica imune ao tipo de vírus que contraiu, mas pode ficar doente novamente se for infectada por outra variante. O fato de muitos moradores terem sido infectados entre 2015 e 2016, ficando imunizados para aqueles tipos de vírus, era apontado por especialistas como uma das explicações para a queda do total de casos de dengue na cidade em 2017 e 2018.

Segundo o infectologista e professor da Faculdade de Medicina da USP Esper Kallás, “na segunda ou terceira vez que se contrai a doença os sintomas são mais intensos, sendo cada vez mais graves”.

Mobilização

Segundo Eduardo de Masi, coordenador do Programa de Arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, cerca de 80% dos criadouros de larvas do Aedes aegypti, transmissor da dengue, estão dentro de imóveis particulares – residências e comércios.

Por isso, destaca a importância de se reservar dez minutos por semana para eliminar pontos de acúmulo de água que possam ser usados pela fêmea do mosquito para depositar seus ovos, que eclodem em uma semana (veja ao lado as medidas).

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Dez minutos contra o Aedes aegypti

Medidas para tomar todas as semanas para evitar o surgimento de larvas do pernilongo que transmite a dengue.

Potes ‘vilões’
Procurar no quintal ou áreas descobertas potes, latas, plástico, recipientes que possam juntar água: jogar fora, colocar na reciclagem ou virar com a boca para baixo

Laje
Observar se há pontos com água acumulada e limpar

Caixa-d’água
Ver se está bem tampada sal ou detergente nele

Ralo externo
Verificar ralos que ficam sem uso em áreas sem escoamento de água constante

Prato de planta
Pratos colocados sob plantas no chão do quintal ou na terra devem ser retirados

Recipientes para guardar água potável
Onde houver abastecimento irregular e for necessário guardar água potável, manter o recipiente bem tampado e com tela mosquiteira bem amarrada

Pote de água do pet
Lavar e trocar a água ao menos uma vez a cada dois dias

Os top 5 criadouros de larvas na capital

  1. Vasos de plantas
  2. Prato de planta/pingadeira
  3. Ralo externo
  4. Lata, frasco, plástico utilizáveis
  5. Potes para consumo do animal

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo

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