Levantamento realizado pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), mostrou que 28,7% dos adolescentes relataram ter sido vítimas de bullying.
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A pesquisa foi feita em 119 escolas, públicas e particulares, da capital, com alunos do 9º ano, de idades entre 14 e 15 anos. Ao todo, 2.702 questionários foram respondidos em 2017.
O estudo avaliou a percepção do bullying pelas vítimas e pelos praticantes. Este último grupo representou 15,3%.
As principais formas de bullying sentidas pelas vítimas foram rir, tirar sarro ou ofender (17,5%); pegar, destruir ou esconder objetos (11,5%); e ignorar ou excluir outros adolescentes de propósito (9,7%).
Para a coordenadora da pesquisa e professora da USP, Maria Fernanda Peres, o bullying não tem uma única causa, mas fatores de risco que aumentam o envolvimento, seja como vítima, seja como prática.
Envolve personalidade, moral, estratégias de conflito, uso de álcool, práticas e ensinos parentais negativas, amigos com comportamento transgressor, má qualidade da relação entre alunos e professores. “A mensagem mais importante da pesquisa é que políticas que pretendem combater a violência têm que abordar diferentes aspectos”, disse Maria Fernanda.
O bullying é uma violência repetitiva e persistente, que se sustenta em um diferencial de poder. “Chama atenção que 10,4% dos adolescentes disseram ser vítimas e praticantes simultaneamente”, comentou a pesquisadora. “A vítima geralmente possui alguma característica que a coloca em ‘desvantagem’. Por isso é fundamental discutir tolerância, desigualdade, direito do outro.”
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A Secretaria Estadual da Educação possui a campanha “Chega de Bullying”, que orienta pais e professores a lidarem com o problema. É possível acessar a cartilha em https://www.https://www.chegadebullying.com.br.
Como combater o bullying
CONVERSE COM SEUS FILHOS SOBRE BULLYING
Diga que não o aprova e que todos merecem ser tratados com respeito
OUÇA O SEU FILHO
Leve a sério o que ele fala sobre o bullying. Incentive-o a se manifestar e busque ajuda na diretoria
da escola
COMUNIQUE-SE COM A ESCOLA
Descubra se a escola que o seu filho frequenta tem uma política antibullying clara. Procure o diretor da escola ou o professor do seu filho para discutir o problema. Dê o seu apoio ao programa antibullying da escola, se houver, ou se ofereça para criar um
SAIBA IDENTIFICAR SE SEU FILHO ESTÁ SENDO VÍTIMA DO BULLYING
Isso inclui ansiedade, medo de ir à escola e notas baixas