Desde a chegada da covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) – no Brasil, o país fez apenas 482.743 testes moleculares para a infecção. O número representa 2% dos 24 milhões dos exames que o governo federal prometeu para enfrentar a pandemia.
Para efeito de comparação, em Wuhan, na China, onde a doença se originou, o governo encomendou mais 11 milhões de testes nesta semana após menos de 20 novas confirmações de pacientes com covid-19.
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Em São Carlos, no interior de São Paulo, pesquisadores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) estão desenvolvendo um teste rápido diferenciado para o diagnóstico do novo coronavírus. O aparelho usa um sensor eletroquímico para detectar sequências do genoma do vírus em uma amostra de saliva do paciente.
“Nosso objetivo é desenvolver uma metodologia simples e de baixo custo para o diagnóstico de covid-19. A plataforma de testes descartável fará uso de materiais de fácil acesso e equipamentos simples e também permitirá a análise de diferentes amostras simultaneamente”, diz o pesquisador Ronaldo Censi Faria.
Segundo ele, o dispositivo conta com quatro regiões sensoras que serão programadas para identificar pedaços do RNA do vírus. Uma reação entre o sensor e esse RNA provoca a emissão de luz, o que indicaria a infecção pelo coronavírus. O projeto tem o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).