O número de casos de covid-19 aumentou entre motoristas e cobradores dos ônibus de São Paulo. Até maio, 131 motoristas de ônibus municipais foram infectados pelo coronavírus e, destes, 35 morreram pela doença.
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A maior parte dos profissionais trabalham nas empresas que operam ônibus na zona leste da capital paulista. Em um mês, as mortes aumentaram quase 23%. Já o número de casos confirmados de covid-19 aumentou 18%.
O sindicato dos motoristas de São Paulo vê a situação com preocupação e teme que esses números aumentem nas próximas semanas. O levantamento feito pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Urbano de São Paulo (SindMotoristas) ainda não contabilizou o resultado dos dias de superlotação do transporte público no período em vigor do rodízio de veículos pares e ímpares.
“Estamos muito preocupados com toda a situação, pois estamos muito expostos no decorrer da nossa jornada de trabalho. A gente cobra a todo momento o fornecimento de álcool em gel e máscara de proteção”, disse Valmir Santana da Paz, presidente interno do SindMotoristas.
Há ainda 520 casos de motoristas que adoeceram com suspeita da covid-19. Valmir Santana da Paz afirmou que todos estão esses funcionários pararam de trabalhar e que o efetivo não foi comprometido por causa disso. Atualmente a operação é de 65% da frota de ônibus em São Paulo.
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Autoridades
Em nota, a prefeitura respondeu que não confirma os números informados pelo sindicato por uma questão de sigilo. Reforça que adotou medidas de proteção como cortinas nos postos dos motoristas, a vacinação contra a gripe e orientações de higiene.
A SPTrans afirma que fiscaliza o uso das máscaras por passageiros, item obrigatório desde o começo de maio. Até agora 25 multas foram aplicadas às empresas pelo descumprimento da norma. O valor da punição é de R$ 3.300.