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Damares pede prisão de governadores e prefeitos por ‘violação de direitos’

Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos também fala de suposto plano para culpar Bolsonaro por contaminação de indígenas

Ministra Damares Alves Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que a pasta vai processar e inclusive pedir a prisão de governadores e prefeitos por causa de direitos humanos violados durante a pandemia de coronavírus. Ela, no entanto, não citou nomes que estariam no alvo do ministério.

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«Estamos tomando providências. Essa pandemia vai passar, governadores e prefeitos vão responder processos. Vamos pedir, inclusive, a prisão de governadores e prefeitos. Nosso ministério vai começar a pegar pesado», afirmou em reunião ministerial com Jair Bolsonaro que é investigada pelo STF no processo que apura suposta interferência do presidente da República na Polícia Federal.

Damares citou exemplos da violação de direitos que ela se referia. «Idosos estão sendo algemados, jogados dentro de camburões. Mulheres sendo jogadas no chão e sendo algemadas por não terem feito nada. Nós estamos vendo padres sendo multados porque estavam dentro da igreja com dois fiéis. A maior violação de direitos humanos da história do Brasil está acontecendo neste momento”, descreveu.
Plano para infectar indígenas

Damares falou ainda de um suposto plano para infectar indígenas em Roraima e culpar o presidente Bolsonaro e a pasta.

«Fui para Roraima porque lá haveria uma contaminação proposital para contaminar os índios e colocar nas costas de Bolsonaro. Tive que ir me reunir com autoridades para fazer uma ação sigilosa. Era preciso matar mais índios para dizer que a nossa política não dava certo. O que estamos fazendo está dando certo».

No encontro, ela se digiriu ao ministro Braga Netto e pediu recursos para a pasta no programa Pró-Brasil. «General, todo o trabalho que envolve políticas e valores precisa estar no Pró-Brasil». Entre risos, o general disse que ela teria o dinheiro, ao que Bolsonaro acrescentou: «ela é a que menos recebe», disse.

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Reunião de 22 de abril

A reunião de Bolsonaro com ministros em 22 de abril faz parte de um inquérito aberto no STF para apurar as declarações de Sergio Moro no dia em que pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O vídeo liberado pelo ministro Celso de Mello é considerado uma das principais provas para sustentar a acusação feita por Moro de que o presidente tentou interferir no comando da PF e na superintendência do órgão no Rio, fatos esses investigados no inquérito relatado pelo decano do STF.

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