A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) reiterou que acredita que o ex-juiz Sergio Moro fez investigações seletivas enquanto trabalhava à frente da Lava Jato, em Curitiba. Em entrevista à José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, a parlamentar disse que tinha o magistrado como ídolo, e não enxergou seus «defeitos».
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Desde que Moro deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro, o nome de Carla Zambelli esteve envolvido na polêmica, ao ter conversas divulgadas pelo ex-ministro em que pedia para Moro aceitar as condições do presidente e permanecer no cargo.
«Eu vim fazendo uma análise desde que o Moro colocou o print na mídia até hoje. Como bem disse o Bolsonaro, eu era apaixonada pelo Moro, era um ídolo. Quando você tem um ídolo, você fica cega para os defeitos dele. Eu já errei muito de generalizar algumas coisas, a generalização é sempre burra. Eu comecei a perceber quem foi condenado na Lava Jato? Lá atrás ele fez o correto de escancarar a corrupção no PT, mas se você for olhar, o Petrolão envolvia vários outros partidos. Em 2014, PT e PSDB eram os mais envolvidos», disse a deputada.
Nesta segunda-feira, 25, a deputada disse durante uma entrevista à rádio gaúcha que Moro protegia o PSDB e tinha «predileção em condenar o PT». Segundo Zambelli, sua fala repercutiu mal nas redes sociais, mas voltou a dizer que o ex-juiz da Lava Jato tinha preferências.
«Eu disse que o Sergio Moro fez algumas investigações seletivas na Lava Jato, prendeu o Eduardo Cunha do MDB, mas o mensalão tucano foi esquecido, a lista do PP foi esquecida. O Moro foi atrás da quadrilha do PT, que foi presa legitimamente. A gente precisa investigar a fundo, tem que ter recordação», afirmou.