O governo de São Paulo termina de acertar, nesta quarta-feira (26), os detalhes da nova etapa do isolamento social em todo o estado. O decreto de quarentena, válido desde 24 de abril, vencerá no dia 31 de maio e não deve ter outra prorrogação.
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A nova medida, classificada pelo governador João Doria (PSDB) como «quarentena inteligente» deve ser detalhada na quarta-feira (27). Com ela, regiões impactadas em diferentes estágios pela pandemia de covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) – terão regras diferentes.
Os fatores a serem levados em conta foram anunciados em abril com o Plano São Paulo, que pretendia já em maio iniciar a retomada econômica plena do Estado. Entre eles estão taxas de isolamento social e ocupação de UTIs (unidades de terapia intensiva), além da redução do número de novos casos da doença. Regiões com flexibilização da quarentena que regredirem em algum dos pré-requisitos poderão ter as restrições mais rígidas retomadas.
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A capital paulista, epicentro da doença no estado e no país, não deve ter alterações nas regras atuais da quarentena, visto que segue com baixos índices de isolamento social e aumento expressivo de casos. O «superferiado», com a antecipação de datas comemorativas, não foi suficiente para evitar deslocamentos no município – melhor índice foi no domingo, único dia acima da meta mínima de 55%.
No balanço mais recente, divulgado na segunda (25), a cidade de São Paulo aparece com 49.596 casos confirmados e outros 164.677 suspeitos. Até o momento, 3.390 pacientes morreram e outros 3.697 óbitos aguardam resultado de testes para confirmar o diagnóstico de covid-19. O prefeito Bruno Covas (PSDB) já relatou em entrevistas que o lockdown é uma possibilidade, mas que a capital não tem estrutura para efetivar a medida.