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Comércio e consumidor estão mais confiantes, mostra pesquisa

Região da rua 25 de Março, centro comercial popular de São Paulo, vazia na quarentena André Pera/Agência F8/Folhapress

O Icom (Índice de Confiança do Comércio) subiu 6,2 pontos na passagem de abril para maio, para 67,4 pontos, informou ontem a FGV (Fundação Getulio Vargas). Nos dois meses anteriores, o índice tinha acumulado perda de 38,6 pontos e descido ao menor nível da série histórica.

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Em maio, houve melhora na confiança em todos os seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-Com) avançou 8,4 pontos, para 69,3 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-Com) subiu 3,7 pontos, a 66,9 pontos, o segundo menor patamar da série histórica iniciada em março de 2010.

“Apesar da alta no mês, esse resultado pode ser visto como uma acomodação em patamar muito baixo, dado que esse resultado positivo recuperou apenas 16% da confiança perdida desde março”, afirmou o coordenador da Sondagem do Comércio no Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da FGV), Rodolpho Tobler, em nota oficial. “Os efeitos da pandemia de coronavírus continuam impactando as empresas do comércio após a forte queda da confiança de abril.”

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Em médias móveis trimestrais, os revendedores de bens essenciais – hipermercados e supermercados, alimentos, bebidas e artigos farmacêuticos – registraram alta de 0,7 ponto no ISA-COM em maio ante abril, sugerindo que a pandemia não parece ter afetado tanto suas avaliações sobre o momento atual.

Entre os revendedores dos demais itens, o ISA-Com recuou 15,1 pontos em maio ante abril. “O resultado sugere que as vendas do setor continuam com ritmo muito baixo, à exceção dos segmentos essenciais”, ressaltou a FGV, na nota.

Para Tobler, ainda não é possível observar cenário de recuperação consistente devido ao elevado nível de incerteza e à grande cautela por parte dos consumidores, que informam estar comprando apenas o essencial neste momento.

A coleta de dados para a edição de maio da Sondagem do Comércio foi realizada entre últimos dias 4 e 22 do mês e obteve informações de 667 empresas no território nacional.

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Confiança do consumidor

A confiança do consumidor aumentou 3,9 pontos em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou também ontem a FGV (Fundação Getulio Vargas). O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) subiu a 62,1 pontos. O resultado deve ser interpretado como uma acomodação, recuperando apenas 13,2% da queda de 29,6 pontos acumulada nos dois meses anteriores, ressaltou a FGV.

As expectativas sobre as finanças familiares nos próximos meses subiram 8,8 pontos, após quatro meses seguidos de quedas. O avanço em maio, porém, recupera apenas 22,9% da perda acumulada desde o início do ano nesse componente.

O item que mede o otimismo em relação à situação econômica no futuro aumentou 4,4 pontos em maio, para 71,6 pontos, enquanto o componente que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses cresceu 6,3 pontos, para 27,4 pontos.

Houve melhora na confiança em todas as faixas de renda familiar, exceto para as famílias mais pobres, que recebem até R$ 2,1 mil, com queda de 3,7 pontos no indicador de confiança puxada por nova deterioração das expectativas em maio.

As famílias de maior poder aquisitivo, com renda mensal acima de R$ 9,6 mil, registraram aumento de 9 pontos da confiança, com recuperação tanto das expectativas como também de uma percepção de melhora da situação atual.

“Mas a preocupação com o emprego e a incerteza elevada ainda manterão os consumidores cautelosos nos próximos meses”, afirmou a coordenadora das Sondagens do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da FGV). A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.808 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 2 e 20 de maio.

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