Com mais de 2,3 milhões de pacientes confirmados até o momento, o continente americano é o mais afetado pela doença causada pelo coronavírus Sars-Cov-2. Em evento virtual realizado ontem pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), a diretora da entidade, Carissa Etienne, classificou a América Latina como o novo epicentro da pandemia de covid-19.
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“Na América do Sul, estamos particularmente preocupados com o número de novos casos reportados na última semana no Brasil. Ele foi o mais alto para um período de sete dias desde o início da pandemia”, afirmou a executiva, projetando que o país pode atingir a marca de 88 mil mortos em virtude da doença até o início de agosto.
A diretora notou que a América Latina já superou a Europa e os Estados Unidos no número de novos casos da doença, nos últimos dias. “Não há dúvida, nossa região tornou-se o epicentro da pandemia da covid-19”, ressaltou.
Etienne disse que, segundo os modelos de projeção da Opas, na América do Norte não deve haver mudança substancial no quadro para o coronavírus, embora ela tenha previsto um “contínuo avanço no número de casos” no México.
Apesar dos números alarmantes no Brasil, México e Estados Unidos, países como Uruguai, Paraguai e Costa Rica chamam atenção pelos baixos índices de contágio e mortes em decorrência da doença. Segundo autoridades, os três países latinos agiram rapidamente frente ao coronavírus e, juntos, somam 43 mortes de pacientes infectados.
Entretanto, a situação no Chile parece se agravar. O país vizinho registrou ontem 3.964 casos confirmados em 24 horas, totalizando 77.961 infectados pelo vírus e 806 vítimas. O presidente chileno, Sebastián Piñera, reconheceu que o sistema de saúde do país beirou o colapso, com 85% dos leitos de UTI (Unidade Terapia Intensiva) ocupados na semana passada.
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Por meio de rede social, Piñera apresentou aos chilenos um plano de soluções e combate a pandemia divididos em cinco etapas. O presidente disse que é preciso enfrentar o vírus e proteger a saúde de seus compatriotas e anunciou planos de proteção social às famílias e renda; planejamento de empregos e qualidade de vida; reativação econômica por meio da criação de empregos e salários; e o plano fiscal para enfrentar as necessidades atuais de pandemia.
O mundo superou ontem a marca de 5,5 milhões de infectados pela covid-19.