A crise econômica foi especialmente prejudicial para as mulheres empreendedoras. Segundo estudo feito pelo Sebrae em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), as mulheres foram mais afetadas pela crise: 52% paralisaram “temporariamente” ou “de vez” suas atividades, contra 47% nos homens. Ainda: a proporção de empresárias com dívidas em atraso (34%) é maior que a encontrada entre os homens (31%).
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Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os dados revelados pelo estudo confirmam a importância de compreender a realidade e as necessidades específicas das mulheres que empreendem no Brasil: “Embora as empresárias possuam uma média de escolaridade 16% superior à dos homens e estejam cada vez mais na posição de chefes de domicílio, elas continuam ganhando cerca de 22% a menos.”
O levantamento mostrou também que as mulheres demitiram menos. Aquelas que demitiram, dispensaram duas pessoas, em média. Enquanto entre os homens que demitiram, foram dispensados três funcionários por força das perdas provocadas pela pandemia. A pesquisa do Sebrae e FGV mostrou ainda que as mulheres utilizaram um pouco mais a suspensão do contrato de trabalho (31%) do que os homens (27%).