Instituído pelas autoridades para reforçar a quarentena, o superferiado só elevou em dois pontos percentuais a taxa de isolamento social na capital paulista e não alcançou o mínimo esperado.
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O superferiado vigorou entre os dias 20 e 25, quando a prefeitura e o governo do estado decidiram antecipar três datas comemorativas como forma de retirar das ruas os trabalhadores em serviços não essenciais e fazer com que as pessoas evitassem sair de casa.
A ideia era repetir de forma mais prolongada o padrão que mostra que as taxas de isolamento são mais elevadas nos fins de semana e feriados.
No período do superferiado, a média do isolamento ficou em 52,5%, com pico de 57%. Nos seis dias anteriores, a média havia sido de 50,5%, com pico de 56%.
O aumento de dois pontos percentuais não foi suficiente para fazer a capital alcançar sequer o mínimo de isolamento considerado adequado pelas autoridades, que é de 55%.
Ao Metro Jornal, a prefeitura afirmou que “avalia positivamente os resultados da antecipação dos feriados, uma vez que tanto o número de veículos nas ruas quanto o de passageiros nos ônibus foram reduzidos de maneira significativa”. O governo do estado deve anunciar hoje plano de flexibilização da quarentena a partir da próxima segunda-feira.
COMO O ISOLAMENTO É CALCULADO?
Um sistema analisa os dados de georreferenciamento de smartphones para indicar as tendências de deslocamento da população. Os dados são obtidos com as operadoras de telefonia e não identificam os donos dos aparelhos, que permanecem anônimos.