“Não passa pela cabeça do presidente da República e de nenhum de nós a possibilidade de intervenção militar.” São palavras do general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e um dos nomes mais próximos de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.
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Em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional disse que o Brasil padece de uma espécie de “síndrome do golpe”. “Não tem a menor chance disso acontecer”, afirmou.
Segundo Heleno, quando Bolsonaro expõe insatisfações, como no pronunciamento de quinta-feira (28), está pedindo equilíbrio entre os Poderes. Para o chefe do GSI, decisões monocráticas têm invadido atribuições do presidente da República, “sem consistência e sem respaldo na lei.”
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O general nega ter feito ameaça ao divulgar nota falando em “consequências imprevisíveis” depois do pedido de apreensão do celular de Bolsonaro. Justamente por isso, diz não ter preocupação com o pedido de impeachment dele enviada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para avaliação da Procuradoria-Geral da República.
Augusto Heleno vê como solução para a crise uma conversa entre os presidentes dos Poderes para eliminar arestas. “Está na hora de haver uma conciliação, buscar projetos que unam a maioria” para o bem do Brasil.
Quanto à relação conflituosa do presidente com jornalistas, principalmente na porta do Alvorada, o general admite que “às vezes o presidente é incisivo no que fala”, e precisa haver “pacificação”. Por outro lado, na avaliação de Augusto Heleno, “a imprensa, uma boa parte, é de uma parcialidade inexplicável.”
O ministro-chefe do GSI foi entrevistado por José Paulo de Andrade, Claudio Humberto, Thays Freitas e Pedro Campos, no Jornal Gente.