A apresentadora Cátia Fonseca conversou nesta sexta-feira, 29, com a doutora Emilia Skirmuntt, virologista responsável pela pesquisa da vacina contra o novo coronavírus realizada na universidade de Oxford, no Reino Unido. De acordo com a especialista, no cenário mais positivo, a cura para o vírus pode ser encontrada até o final deste ano.
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«Nós precisamos lembrar que a vacina de Oxford não é a única vacina que está sendo testada. Existem outros 19 testes no mundo e isso é uma coisa boa. Mais pessoas e mais recursos buscando a cura», explicou Skirmuntt.
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«A pesquisa de Oxford já está em fases de testes clínicos, vacinando um grande número de pessoas para verificar sua eficácia. Neste momento, estamos testando em humanos, mas a pandemia no Reino Unido está diminuindo e tem menos pessoas para podermos testar», explicou.
«Talvez em setembro, nós tenhamos vacinas para começar a proteger as pessoas, mas pode ser que fique pronta somente no ano que vem. Ainda precisamos ver como a vacina funciona a longo prazo», completou a virologista.
Skirmuntt alertou que o tratamento para a doença pode ser encontrado antes que a vacina. «Tratamento com drogas e outras substâncias são mais fáceis de serem usadas, porque não precisam de uma pesquisa clínica longa. Temos a chance de conseguir um tratamento em breve contra a Covid-19», disse.
A especialista falou ainda sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina. «É difícil dizer. Ela foi introduzida muito cedo, antes de passar por diversos testes clínicos. Até o momento, não há comprovação que ela funcione, apenas uma promoção feita por políticos», lamentou.
Ao fim do bate-papo com Cátia Fonseca, mediado pelo gastrocirurgião Eduardo Grecco, Skirmuntt disse que espera que a população mundial mude seus hábitos, pois haverá novas pandemias no futuro. «Em 1918, seis meses depois da pandemia a vida das pessoas voltou ao normal. Não podemos repetir esse erro», disse.