O governador João Doria, disse hoje (1) que a Polícia Militar do estado vai impedir que duas manifestações opostas, contrárias ou favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro, ocorram no mesmo dia, local e horário. Segundo ele, a medida é para evitar a possibilidade de confrontos.
Doria afirma que o objetivo do Estado não é cercear direitos à manifestação, mas evitar confrontos. Todos têm direito a se manifestar, mas ninguém terá direito a agredir”, disse o governador.
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O tucano também alertou que manifestações de princípios antidemocráticos, atreladas ao nazismo e ao fascismo, são proibidas pela Constituição. “Se houver qualquer manifestação explícita, com sinais que indiquem discriminação à comunidade judaica, por exemplo, a ação da Polícia Militar será feita”.
Neste domingo (31), dois atos foram marcados para o mesmo momento do dia na Avenida Paulista. Um deles era composto por manifestantes a favor do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, ou contra outros personagens do poder e instituições, como o Supremo Tribunal Federal, o governador João Doria, o Congresso, entre outros. Neste grupo, também havia que aproveitasse para pedir a volta de um regime militar.
O outro, contrário ao governo, anti-fascismo e liderado por torcidas de futebol paulistas, ocorreu na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em determinado momento, houve um princípio de tumulto entre as duas manifestações. A polícia interveio, utilizando bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
Segundo o secretário de Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos, a polícia de São Paulo “não tem lado”. “O lado do sistema de segurança pública é o da ordem, da lei. Ontem a PM atuou para que dois grupos antagônicos pudessem se manifestar e estivessem preservados. A PM evitou ontem um conflito que poderia ter consequências indesejáveis”, disse.