Uma das mais promissoras vacinas contra coronavírus terá fase de testes no Brasil. Sob coordenação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), um estudo clínico da substância envolverá pelo menos 2 mil brasileiros a partir de junho.
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Nomeada ChAdOx1 nCoV-19, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, chega em São Paulo já na fase 3 de estudo clínico. O objetivo é ampliar a pesquisa para além do Reino Unido, que se encontra em diferente fase da pandemia.
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Os testes desenvolvidos no Brasil deverão avaliar, principalmente, a eficácia da imunização em seres humanos. A partir da segunda ou terceira semana deste mês, cerca de dois mil adultos entre 18 e 55 anos receberão uma dose única da vacina.
A partir daí, estes pacientes serão acompanhados «muito de perto» por pelo menos 12 meses, como explica a professora Lily Yin Weckx, coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp.
A vacina se baseia em um adenovírus de chimpanzés contendo a proteína spike, usada pelo Sars-CoV-2 para agredir as células humanas. «Em vez de levar o coronavírus inteiro, você leva aquilo que interessa para provocar a resposta imune», diz a coordenadora do Crie-Unifesp.
Em entrevista à Ansa, agência italiana de notícias, a médica explicou que o estudo deve priorizar profissionais de saúde ou pessoas «com risco aumentado de exposição à Covid», como funcionários de limpeza e seguranças de hospitais ou motoristas de ambulâncias.
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O estudo vai começar em São Paulo e, em seguida, deve se expandir para outras cidades brasileiras. A Unifesp foi escolhida em maio, após contato com a professora Sue Ann Costa Clemens, chefe do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena, na Itália.
«O Brasil é um país com grande circulação do coronavírus. É um lugar adequado para fazer estudos clínicos, por isso que veio para o Brasil. Nós estamos em uma explosão de casos, é uma população grande, então é um local identificado como adequado para conduzir essa fase do estudo», diz Weckx.