Foco

Prefeitura presta queixa-crime contra deputados que invadiram hospital no Anhembi

A Prefeitura de São Paulo vai apresentar uma queixa-crime à Polícia Civil contra deputados federais que entraram sem autorização no HM Camp do Anhembi.

A Prefeitura de São Paulo vai apresentar uma queixa-crime à Polícia Civil contra cinco deputados federais que entraram sem autorização no HM Camp (Hospital Municipal de Campanha) do Anhembi, na tarde de quinta-feira (4). Funcionários do local também terão apoio jurídico do município, se desejado.

Adriana Borgo (Pros), Márcio Nakashima (PDT), Leticia Aguiar (PSL), Coronel Telhada (PP) e Sargento Neri (Avanti) passaram parte da visita sem equipamentos de proteção, como máscaras, touca e avental. Eles chegaram a intimidar e agredir verbalmente trabalhadores e pacientes no local.

Os parlamentares alegam que a visita, feita de surpresa, visava fiscalizar o funcionamento da unidade. Nakashima afirmou que a entrada foi autorizada, mas a Iabas, organização responsável pelo espaço, afirmou que eles deveriam ter entrado por outro portão. Ao invés disso, eles romperam uma fita de isolamento e acessaram áreas restritas aos pacientes.

Publicidad

Veja também:
São Paulo registra um caso de feminicídio por dia durante a quarentena
‘Não teve paciência para o meu filho’, diz mãe de Miguel sobre empregadora

Em transmissão na internet, Telhada disse que o espaço é uma “baleia branca” por ter bem menos pacientes internados do que a capacidade. “Se nós não formos respeitados na condição de deputados eleitos, nós vamos forçar a entrada para averiguar.”

Em nota, a prefeitura usou o termo “invasão” para descrever o episódio, disse que os deputados desrespeitosos e que colocaram em risco a própria saúde e a vida dos cidadãos em tratamento na unidade. “A Prefeitura de São Paulo reitera total repúdio a atitudes violentas e ações deliberadas para tentar enganar a opinião pública”, diz a nota.

Sobre a acusação da baixa ocupação do hospital de campanha, a prefeitura afirmou que os parlamentares filmaram salas que ainda não foram ativadas, mas que estão prontas para funcionamento, se necessário.

A unidade tem capacidade para 1,8 mil pacientes, e até quinta contava com 397 pacientes na enfermaria e 10 em estabilização. Até o momento, 3,7 mil paulistanos foram atendidos no local.

Siga-nos no:Google News

Conteúdo patrocinado

Últimas Notícias