A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu as investigações e indiciou 11 pessoas por crimes como contaminação de produto alimentício, lesão corporal e homicídio culposo no inquérito que apurou a intoxicação de 29 pessoas que consumiram a cerveja Belorizontina, da marca Backer – sete das vítimas morreram.
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Segundo a polícia, a contaminação se deu por vazamentos no tanque, que permitiram que o dietilenoglicol entrasse em contato com a cerveja. A substância, um solvente sem cheiro que é usado como anticongelante externo, é de uso permitido em processos industriais, mas não pode ter qualquer contato com alimentos.
As conclusões da polícia foram apresentadas ontem após cinco meses de investigações. Os primeiros casos de pessoas que passaram mal após consumirem cervejas da Backer começaram a ser relatados na virada de 2019 para 2020.
Entre os indiciados estão sete técnicos da empresa (que vão responder pelos homicídios culposos, sem intenção de matar), três sócios (que responderão por não terem dado publicidade ao caso nem terem feito o recall da forma correta) e uma testemunha que mentiu em depoimento.
A cervejaria Backer afirmou ontem que “vai honrar com todas as suas responsabilidades” e que se pronunciará sobre o indiciamentos após analisar o relatório da Polícia Civil.