Dados do governo do estado mostram que São Paulo já gastou R$ 1,7 bilhão dos R$ 2,3 bilhões que reservou até junho para as ações de combate à covid-19. Os valores, atualizados até o último dia 12, são do portal criado pelo governo para tratar das questões relacionadas ao novo coronavírus (www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus).
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Do valor de R$ 1,7 bilhão que já foi efetivamente pago, 80% foram bancados pelo estado e os outros 20% foram custeados com o dinheiro enviado pela União. As maiores despesas até aqui têm sido com repasses para municípios e entidades, gastos com atendimento médico, como no custeio dos hospitais de campanha, e com a compra de aparelhos, como respiradores importados (veja ao lado).
Os investimentos no combate à pandemia em todo o país estão na mira do Ministério Público e das polícias, que já desencadearam investigações partir do indícios de fraudes em estados, como Rio de Janeiro e Pará, e também municípios, como Fortaleza (CE) e Mauá (SP), que foi alvo de operação ontem. O governo de São Paulo criou uma corregedoria para acompanhar os gastos.
Rombo à vista
Além destes investimentos diretos (e emergenciais), a covid-19 também tem provocado outros impactos nas contas de São Paulo. O governo informou ontem ao Metro Jornal que estima que vai deixar de arrecadar R$ 20 bilhões até o fim do ano em função dos efeitos da pandemia na economia.
Pandemia de covid-19 na ponta do lápis
Valores movimentados pelo estado de São Paulo nas ações de combate ao novo coronavírus.
Valor empenhado
(recursos reservados para pagamento das despesas)
• R$ 2,33 bilhões, sendo:
R$ 1,65 bilhões do governo do estado / R$ 0,68 bilhões do governo federal
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Valor pago
(recursos já efetivamente gastos)
• R$ 1,7 bilhões, sendo:
R$ 1,36 bilhões do governo do estado / R$ 0,34 bilhões do governo federal
Maiores despesas
• Atendimento médico
(custeio de hospitais de campanha, compra de materiais, entre outros)
Empenhado: 795,3 milhões
Gasto: 347,7 milhões
• Municípios e entidades filantrópicas
(repasses para cidades e instituições, entre outros)
Empenhado: 743,2 milhões
Gasto: 743,2 milhões
• Aparelhamento
(compra de respiradores, equipamentos, entre outros)
Empenhado: 265,1 milhões
Gasto: 248,9 milhões
• Assistência social
(compra de cestas básicas, entre outros)
Empenhado: 157 milhões
Gasto: 93,9 milhões